domingo, 29 de janeiro de 2012

No deserto do meu silêncio


No deserto do meu silêncio

 Quintanilha

Viajo nos pensamentos, me aquieto,
 e mesmo quando algo me atordoa,
 distingo o pensar que me agrilhoa,
 mexendo muito com minha pessoa,
 advindos da alma, algo secreto.
 
 Vivendo nesse pensar sem temer,
 eu prossigo por trilhas incertas,
 às vezes não consigo entender.

Minha alma sofre certa ausência,
 em silêncio, a chama baixinho,
 querendo sentir esse carinho,
 nesse peito fazer o meu ninho,
 e viver bons tempos de excelência.

Deserto no silêncio da glória,
 palavras militam nas estrelas,
 e iluminam toda a nossa história.

Fátima Galdino

 19/01/2011
 Fortaleza-Ceará

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sensações



SENSAÇÕES

Odir Milanez

(Quinteneto)


Às sensações dos sonhos não me ligo.

Busco então ilusões olhando o teto
e te imagino o corpo, por completo,
boca de beijos prometendo afeto,
braços abertos me pedindo abrigo.

Sorris o meu sorriso predileto,
enquanto te desnudo totalmente!
Alcança-te no teto a minha mente,
que transfigura todo o teto em cama
e nessa cama imensa a gente ama,
nossos corpos cobertos pela chama
que nos consome a seiva, lentamente!

Enquanto a chama à cópula conclama,
nossa fala de gozo nada fala,
tua boca de beijos não reclama.

O âmbar do amor teu corpo exala
sobre meu corpo inerte, satisfeito.
Sinto em meu peito os pomos de teu peito
nos embalos do teto, nesse leito
ilusório, irreal, que nos casala!

De repente, uma voz. Não sei direito
quem me traz ao real, ao rés do chão,
quem me tira o direito à ilusão,
falando falações ao meu respeito!

Quem será que me invade a solidão?
Serias tu? Não faz qualquer sentido!
Por ti fui detratado, fui traído...
Volta-me a voz. Apuro o meu ouvido.
De fato és tu, pedindo o meu perdão!

JPessoa/PB
27.12.2011

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sabor da paixão




Sabor de paixão

(Sonetex)


Teu sabor vem pela brisa do mar
O segredar das ondas é a tua voz
O sol é o beijo que me faz corar
Assim meu coração bate veloz.

O amor vem para nos arrebatar
E no seu teto, o luar possui o vento
Paixão que faz nossos corpos pingar
Nessas águas vamos nos banhar
Volúpia predomina o momento
Venha, com estrelas vou enfeitar!

Na tépida noite a passo lento
Deito no aroma do teu regaço
Pois só tenho a ti no pensamento
Com saudade do próximo abraço.

Sorrio no silêncio da memória
Ao lembrar toda nossa história!


By Lully

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Miragem



Miragem


Autor: Daniel Fiúza.

Mulher nas dunas nua como Juma
Seria miragem do sol e da luz
Nos desejos de mar e da espuma?
Nudez morena corpo de pluma
Nesse contraste branco que seduz
A fonte de matar por trás da bruma.

Um repasto da minha loucura
Visão turva do oásis de prazer.
Corpo monumental na formosura
Uma deusa escultural criatura
Deitada nas dunas pra se vê
despida linda e sem censura.

O meu olhar felino a devora
Envolvi aquele corpo de olhar.

E como o vento afoito num sonhar
Essa visão morena foi embora.



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domingo, 15 de janeiro de 2012

Viagem mágica



Viagem  mágica

(Quintanilha)


Quero virar essa vida ao avesso
Deixar-me voar com a fantasia
Ir junto com a minha estrela guia
Em outro mundo cheio de magia
Num lugar diferente amanheço.

Quero te encontrar no belo sonho
Com os tons quentes da imaginação
Me olhando com teu jeito risonho.

Meu cúmplice o orvalho solitário
Que se despe das gotas ao luar
Pra´s sementes do sentir alastrar
Este é o nosso momento pra amar
Nas quentes cores desse cenário.

Envolva-me em doce intimidade
Com teus lábios, numa louca viagem
Apagando os rastros da saudade!


By Lully







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sábado, 14 de janeiro de 2012

Não entendo esse amor


Não entendo esse amor

Quinteneto


Não sei o que aconteceu.

Os meus olhos no espelho,
reflexo do meu coração,
eu me lembro da emoção,
nosso encontro de paixão,
no entardecer vermelho.

Tu me abraçavas com razão,
eu queria que continuasse.

Mas o vento fez o desenlace,
levou o gosto do último beijo,
nossos prazeres e desejo,
e todo o amor que almejo,
quando ofereci outra face.

Às vezes me resta o pejo,
que nosso amor não é real,
parece ilusão que vejo.

Te beijar sem sentir o sal,
Prefiro meu pensamento,
pra livrar o sentimento,
e resguardar o momento,
que te amei como imortal.

Talvez por culpa do vento,
cumplicidade se perdeu,
à noite a lua não apareceu,
e o amor não teve alento.

Vem viver o sonho meu,
és o único que quero amar,
e a minha vida partilhar,
somente tu quero beijar,
porque não sei o aconteceu.

By Luana de Mello e Domfiuza.



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

É manhã lá fora... (Sonetex)


É manhã lá fora

(Sonetex)


Pela janela vejo a manhã lá fora,
mas estou aqui no vazio do meu quarto,
tu foste embora no despontar da aurora,
a tristeza com a solidão reparto.

É manhã lá fora, mas que importa a hora,
nem a vejo, submersa na tua ausência,
o mundo começa a corrida invasora,
tudo arrasta numa fúria predadora,
deitada nos lençóis com a tua essência,
não abro os olhos, pois tudo me apavora.

Eu não consigo ver a magnificência,
do rei sol brilhando com todo seu fulgor,
a tua falta na minh´alma causa ausência,
sem ti, amor, tudo é escuro ao meu redor.

Um fúlgido raio de sol prepotente
Iluminou o meu triste rosto ardente.

By Lully



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sábado, 7 de janeiro de 2012

Cabelos molhados


Cabelos molhados

  Dupleto

Autor: Daniel Fiúza
             20/07/2011

Teus sensuais cabelos molhados,
cascatas de prazeres e de amor,
promovem carinhos delicados,
me deixam louco, ao serem tocados,
teu corpo me umedece sedutor,
meus sentidos ficam desvairados.

Os fios conduzem eletricidade,
nos efeitos vou saboreando,
momentos de pura insanidade,
me levando para eternidade,
a tua cheirosa flor morro amando,
nesse ritual de fertilidade.

Cascatas nos ombros da princesa,
despertando a vontade de amar.

Na fonte minha boca foi provar,
outra madeixa que estava acesa.




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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Toque de mãos




Toque de mãos

(Quintanilha)

Autores: Lully e Domfiuza.
20/12/2011

Toda noite sonho com mãos nuas,
que me acariciam como o sol do dia,
descem suaves fazendo moradia,
entre todas as luas, qual magia,
no imenso desejo que acentuas.

Acordo nesse triste amanhecer,
e na cama desfeita da manhã,
às vezes eu não consigo entender.

Porque tu’ausência é tão sentida,
e meu corpo clama a tua presença,
sinto na pele uma falta imensa,
do teu carinho, livre sem licença,
toque de mãos alegrando a vida.

Sensíveis arrepios a pele sente,
na carência que tortura a alma,
esperando tuas mãos novamente.





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