sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Toque de paixão

 
Toque de paixão

(Quinteneto)


Acordei com a tua falta!

No escuro o medo me assalta,
sinto ainda o teu calor em mim,
rolo nos lençóis de cetim,
na inquietude do sem fim,
todo o meu corpo te exalta.

Levanto e olho o nosso jardim,
vazia, sem ter o teu abraço.

Ausência fere como aço,
sem tuas mãos que aquecem,
abrindo-me quando descem,
loucuras sem fim, conhecem,
sem nunca mostrar cansaço.

Carícias gostosas tecem,
tua umidade acaricia,
os sentidos estremecem.

Dança de pura harmonia,
dedos deslizam devagar,
procurando sempre aguçar,
essa volúpia sem cessar,
com essa forte ousadia.

Difícil não desabrochar,
como rosa perfumada,
no teu amor faço morada,
descansando ao te amar.

Sinto-me assim tão amada,
na nossa cumplicidade,
a paixão é tempestade,
canto ao vento a saudade
para o céu cor de granada.


By Lully


quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Sonetex de um Poeta bêbado



SONETEX DE UM POETA BÊBADO
 
Odir Milanez

Eu sou um pouco gente, um pouco bicho,
numa selva de pedra a mim defronte,
catando versos, qual quem cata lixo,
vendo a vida vivendo, sob a ponte.

Eu minto por penúria e por capricho,
pois por medo não há quem me amedronte.
Durmo no chão, em meio ao carrapicho,
que dói na alma quando a perna espicho
em sonhos sensuais, ou mesmo insonte,
quando a saudade sopra algum cochicho.

De poemas a pinga é minha fonte.
É ela que me cede, a cada esguicho,
as vidências do novo no horizonte,
o provável prenúncio de um rabicho!

Como louco e poeta me percebo
e, só por sê-los, todo dia bebo!


JPessoa/PB
12.12.2011
oklima





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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Eu quero , tu queres



Eu quero, tu queres

(Quinteneto)

Autores: Grace Hsui e Domfiuza.
29/11/2011

Eu quero ver, o sol nascer.

No céu aveludado crescer,
bem além do horizonte
lindo e alaranjado, aponte,
no céu saindo da fonte,
da escuridão aparecer.

Eu quero sentir defronte
meus cabelos acariciar.

Aos meus pés, sol rastejar,
no cheiro olor de jasmim,
quero ouvir um querubim,
passarinhos no jardim,
sonatas de amor tocar.

Quero tocar o cetim,
do rosto, na minha palma,
seus lábios doce pudim.

O seu coração me acalma,
com a sua delicadeza,
meu carinho é certeza,
no brilho da natureza,
embelezando minha alma.

Eu quero olhar a beleza,
nos seus olhos cativantes,
ler os segredos de amantes,
de um rei, e sua princesa.

Te quero mais do que antes,
conjugando o verbo amar,
ao meu signo se entregar,
No querer me apaixonar,
Nesse amor alucinante.




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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Reino dos encantos




Reino dos  encantos.

Sonetex


Por muitas estradas  caminhei,
nada encontrei alem de poeira,
apenas minhas pegadas deixei,
gravadas nos espinhos da roseira.

Busquei a felicidade verdadeira,
em algum lugar desse planeta,
distante, talvez noutra cidade,
no vento, no amor e na verdade,
na galáxia, viajando num cometa,
na grande busca pra tê-la inteira.

Desviei os passos, procurei a meta,
mesmo sofrendo, segurei o pranto,
desci ladeiras, viajei discreta,
só iludida, não tive o acalanto,

Onde está o reino dos encantos?
Se não no coração e nos meus cantos.


Fátima Galdino.
24/10/2011



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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Toque de mãos


Toque de mãos

(Quintanilha)

Autores: Lully e Domfiuza.
20/12/2011

Toda noite sonho com mãos nuas,
que me acariciam como o sol do dia,
descem suaves fazendo moradia,
entre todas as luas, qual magia,
no imenso desejo que acentuas.

Acordo nesse triste amanhecer,
e na cama desfeita da manhã,
às vezes eu não consigo entender.

Porque tu’ausência é tão sentida,
e meu corpo clama a tua presença,
sinto na pele uma falta imensa,
do teu carinho, livre sem licença,
toque de mãos alegrando a vida.

Sensíveis arrepios a pele sente,
na carência que tortura a alma,
esperando tuas mãos novamente.





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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A saudade

Saudade

(Dupleto)

Essa saudade que não cabe em mim
Está inundando as ruas da cidade
Deixando esse perfume de alecrim
Impregnado em minhas mãos de marfim
Ela anda por aí com crueldade
Destruindo as flores do meu jardim.

Ela chega com garras de cetim
Começa na plena claridade
Continua na tarda noite sem fim
Deixando-me a pele incendiada assim
Machuca e segreda a tua vontade
Tingindo minhas faces de carmim.

Se sentires na noite um arrepio
É a minha saudade que te chama.

Anseio por ti, meu ser reclama
Essa ausência que envolve o meu vazio.



By Lully




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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Amor Loucura


Amor Loucura
(Quintanilha)

Odir Milanez


Isso não é amor, isso é loucura!
Não mais raciocino, eu rememoro.
Rememorando, toda vez eu choro
e cada vez que choro não demoro
em revê-la do pranto na procura!

Ouço-lhe a voz nos ventos volitantes,
diviso-a no vazio da moldura,
trazem seu rosto todos os semblantes!

Já não percebo a noite ser escura.
Perdi toda noção dos meus instantes.
Induzindo ilusões alucinantes,
sigo as sendas sem rumo dos amantes,
sem pesar o prazer da desventura!

Amargando do amor tanta amargura,
volto a pensar o pensamento dantes:
Isso não é amor, isso é loucura!

JPessoa/PB
13.12.2011
oklima



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domingo, 18 de dezembro de 2011

Desejo louco


Desejo louco

(Quinteneto)


Tenho um desejo louco,

Tudo que quero é pouco,
não sai de dentro de mim,
uma explosão do sem fim,
desejos de um querubim,
vontade louca de troco.

Quero um beijo de pudim,
sentir teu corpo e o calor.

O teu louco e doce olor,
no teu coração batendo,
apaixonado e querendo,
me deixar louca, e sendo,
tua mulher doida de amor.

Perco o sentido tremendo,
imaginando o teu beijo,
e nos teus braços morrendo.

Perdida nesse desejo,
maluca e sem reação,
sem vontade sem noção,
entregue nessa paixão,
em tudo que eu almejo.

Vem pra mim, meu coração,
mata essa minha vontade,
acaba a minha saudade,
me exclui dessa solidão.

Quero a sensibilidade,
teu fogo me assumindo,
desejo teu corpo lindo,
no prazer me consumindo,
pra te amar de verdade.

Domfiuza e Lisa Chable
09/12/2011


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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Machucando o amor


Machucando o amor
(Sonetex)


O que traz a saudade de alguém,
é meu amor, que é como um vírus,
que ultrapassa o infinito e vai além
dos confins, levar os meus suspiros.

Às vezes me maltrata com desdém,
nas coisas que envolvem o coração,
atropela, judiando desse bem,
e por nada a emoção fica aquém,
machucando sem nenhuma razão,
deixando essa dor como um refém.

Nos equívocos da conjuração,
as dores partem os sentimentos,
querendo matar essa afeição
naqueles infelizes momentos.

Só quando todo sentir desperta,
o cupido acorda e fica alerta.


 Domfiuza


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Versos de amor



Versos de amor

(Dupleto)


Desenho as palavras pelas ruas,
As mesmas que juntos percorremos
Olhos nos olhos e as mãos nuas.
Naquele amor que sempre acentuas
Nos versos que juntos escrevemos
Inspirados durante muitas luas.

Mas as palavras que se perderam
Durante a cor sombria da neblina,
Tais velhos papéis, nem perceberam
O amor que eles já conceberam,
A paixão que neles descortina
São as flores que emudeceram.

As rimas flutuaram no espaço
O poema se perdeu no desejo.

Nos arpejos do velho realejo
Como notas voando em compasso

Lully



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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Menina genial, mulher sensual




Menina genial, mulher sensual

(Quintanilha)

Autor: Daniel Fiúza
24/08/2011

Menina que é d’outra dimensão
Com esse teu corpo escultural
E essa linda boca sensual
Gatinha fada, louca genial
Me deixando doido de paixão.

Te quero languida e apaixonada
Toda dengosa em busca do prazer
Querendo ser a menina mulher.

Teu corpo inteiro em mim trepidando
Geniosa, manhosa e delirante
Faz na terra um sideral rompante
No delírio, grito galopante
Cosmo de corpos, nesse voo amando.

Perdido no mundo da menina
Ouço os gemidos do seu infinito
Menina mulher que me alucina.


(Seguindo Lully em Menina, mulher, amante)




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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sob a saia da lua


Sob a saia da Lua

(Quitanilha)
Odir Milanez

Sorrio ao beijo bom da lua cheia,
que passeia indiscreta pela praia,
roçagando de ouro o rés da saia
sobre os casais entregues à gandaia,
e sobre a solidão, à luz alheia.

Vencendo o vasto véu da escuridão,
a lua cheia me concede vê-la,
quase sombra, sonhando solidão.

Sorrio ao beijo que concebo certo
e, passo a passo, dela me aproximo,
digo coisas sem coisas, faço um mimo,
recito versos, que com beijos rimo,
da sombra solidão chego mais perto.

Namoração nutante de netúnio!
Beijo o seu beijo, ao beijo meu aberto,
sob a saia da lua em plenilúnio!

JPessoa/PB
29.11.2011
oklima

(Seguindo os passos poéticos de
Lully Ferrario)




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sábado, 10 de dezembro de 2011

Menina, mulher, amante



Menina, mulher, amante

(Quintanilha)


Durmo como uma mulher-menina
Sonho em navegar no horizonte
Chegarei logo que o dia desponte
Não tendo nada que me amedronte
No mar com leveza feminina.

Teu barco veleja sob estrelas
Mão na tua mão nesse doce marear
Meu corpo com o teu içando velas.

Saboreamos juntos o doce luar
Nossas bocas com línguas ansiosas
Descobrindo marés tão sequiosas
Rendo-me às vontades deliciosas
Naufragando com prazer no teu mar.

Acordo como mulher-amante
Nessa manhã quente tão divina


Lully



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