Passo a Passo
(Quinteneto)
Odir Milanez
Adormeço a madrugada.
Que já pendeu para o nada
depois do choro chuvoso,
do pranto meio manhoso,
perdendo o resto do gozo
a cada luz apagada.
Uma rua abandonada,
abandonado poeta!
Meu ciclo não se completa.
Começo e meio. E o fim?
Dessa madrugada vim
desejando para mim
uma saída secreta!
Preciso dessa saída,
para fugir da loucura,
dando vida à minha vida!
Há tanto amor, criatura,
dentro de mim, pra te dar!
O meu grito a te chamar,
mas não podes me escutar
no nada da noite escura!
Aurora! Tu que és tão pura,
pureza de prima hora,
diz da rua onde ela mora,
luz tua luz e a procura!
De repente, o sol! Diviso,
noutra rua, d’outro lado,
um portão escancarado,
um aceno apaixonado!
Passo a passo, o Paraíso!
JPessoa/PB
05.09.2011
oklima
Odir Milanez
Adormeço a madrugada.
Que já pendeu para o nada
depois do choro chuvoso,
do pranto meio manhoso,
perdendo o resto do gozo
a cada luz apagada.
Uma rua abandonada,
abandonado poeta!
Meu ciclo não se completa.
Começo e meio. E o fim?
Dessa madrugada vim
desejando para mim
uma saída secreta!
Preciso dessa saída,
para fugir da loucura,
dando vida à minha vida!
Há tanto amor, criatura,
dentro de mim, pra te dar!
O meu grito a te chamar,
mas não podes me escutar
no nada da noite escura!
Aurora! Tu que és tão pura,
pureza de prima hora,
diz da rua onde ela mora,
luz tua luz e a procura!
De repente, o sol! Diviso,
noutra rua, d’outro lado,
um portão escancarado,
um aceno apaixonado!
Passo a passo, o Paraíso!
JPessoa/PB
05.09.2011
oklima
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